domingo, 25 de setembro de 2011

Rock In Rio: Nx Zero buscando consagração

A apresentação que abriu o segundo dia de Rock in Rio 4 foi como um batismo. Mesmo com 10 anos de carreira e já consolidados como uma das mais bem sucedidas bandas do Brasil, o Nx Zero entrou no Palco Mundo como se quisesse a benção da festival e do público para provar seu posto na linha evolutiva do rock brasileiro.

O show começou com um pouco de tensão, com grupos de fãs do Red Hot e Stone Sour gritando ofensas contra a banda. “Tomara que não joguem lata no Nx, acho vacilo”, cochicha uma fã de Snow Patrol para amiga, prevendo que a situação pudesse se transformar no “show do Carlinhos Brown” dessa edição.


Logo na primeira música, “Só Rezo”, o volume das guitarras anunciava uma situação completamente diferente, consagradora até. Tocando com o som mais pesado do festival até aqui – um como teste para o dia do metal, amanhã – a banda conduziu a massa de roqueiros que já se amontoava frente ao palco por um setlist curto, mas executado com perfeição.

Emicida, que participa numa versão mais recente de “Só Rezo”, surgiu no meio da música para prestigiar a banda e elogiar o público do Rock in Rio.

Na maior parte do tempo, o que se via no palco era uma banda dando o seu máximo para conquistar um público que, a princípio, não era dela. A situação lembra muito a de Paralamas e Barão Vermelho no primeiro Rock in Rio em 85, com os integrantes se esforçando para provar que rock em português era, sim, viável.

O setlist foi encurtado de 11 para 9 músicas, mas teve hits de sobra para alegrar os fãs espalhados pela Cidade do Rock: “Além De Mim”, a nova “Não É Normal”, “Pela Última Vez”, “Cedo Ou Tarde” e “Razões E Emoções”, que fechou a apresentação.

Por mais que eles não sejam tão tão originais como outras bandas que já estiveram nessa posição de ser “a maior banda de rock brasileiro do seu tempo” (Legião Urbana, Titãs, Raimundos, Charlie Brown Jr.), Di, Gee, Fi, Daniel e Caco compensam deixando claro o quanto trabalharam para chegar àquele momento ali, no palco do festival. Como o próprio Di Ferrero comenta num ponto do show, “tocar no Rock in Rio é a maior festa de 10 anos que o Nx Zero poderia ter”.

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