quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Os 20 Melhores cds de 2011


Em 2011, a música foi invadida pela tristeza de Adele, a grandiosidade da Lady e por outros pelos menos 18 sons diferentes uns dos outros, todos igualmente bacanas. Fazer um corte de 20 álbuns é complicado e muita coisa realmente boa fica de fora, obviamente.
Vamos conferir os 20 melhores álbuns do ano.

20 – Foo Fighters: “Wasting Light”

“Wasting Light” é considerado o trabalho mais “honesto” dos americanos do Foo Fighters na última década por uma razão clara: ele busca nas raízes do Dave Grohl o sentido de existir. Produzido por Butch Vig, do clássico “Nevermind” do Nirvana, “Wasting Light” tem participação de Krist Novoselic e é puro rock! É demais!

19 – Foster The People: “Torches”
O Foster The People entra na lista com o iniciante “Torches” porque o álbum fala para além da existência dele. O CD aponta para um futuro possivelmente promissor para o trio californiano. O “pop que ecoa” e melodias que grudam caiu no gosto popular nos Estados Unidos e explodiu para o mundo.
Para ouvir: “Waste”

18 – TV On The Radio: “Nine Types of Light”
Em “Nine Types of Light”, quarto CD do TV on the Radio, os integrantes fazem uma salada de sons – que, junto com a psicodelia roqueira que os deixou famosos – formam um som único. É como nove cores de luzes que se juntam e formam uma nova, coesa e harmônica. É por misturar funk, rock, gospel e blues, por exemplo, com os vocais potentes de Tunde Adebimpe, que o CD está na nossa lista de melhores do ano.

17 – Bombay Bicycle Club: “A Different Kind of Fix”
O terceiro álbum dos britânicos do Bombay Bicycle Club, o “A Different Kind of Fix”, chama a atenção pelas composições leves, cotidianos, cheias de loops e efeitos sonoros comandados pelo produtor do Animal Collective, Ben Allen. É coisa linda!

16 – The Weeknd: “House of Balloons”
Quando penso no trabalho de estreia do projeto canadense de Abel Tesfaye, o The Weeknd, não consigo fugir da palavra “sexy”. A banda de um homem só é essencialmente sexy e encontra no casamento do R&B com a sonoridade eletrônica uma maneira de ser relevante em um cenário musical diverso. “House of Balloons” é uma surpresa – das boas – para 2011.

15 – The Horrors: “Skying”
O classico rock inglês também tem espaço na lista. Quem representa a classe aqui é a banda britânica The Horrors, com o terceiro álbum de estúdio deles. O “Skying” é um escolha não óbvia e um representante alternativo em um cenário dominado pelo hype de outras (boas) bandas como Arctic Monkeys, The Vaccines e os projetos dos ex-Oasis. “Skying” é a mistura do clássico rock inglês com apelo pop, harmonias quentes, eufóricas e angustiantes. Confuso? É bem por aí.


14 – Tyler, The Creator: “Goblin”

“Goblin” do Tyler, The Creator é um álbum que dá medo, de verdade. O objetivo do expoente do chamado hip hop alternativo é chocar a sociedade, sem meias palavras, com muitos palavrões e imagens propositadamente nojentas. Para o bem ou para o mal, o segundo CD do artista é uma obra, antes de mais nada, sensorial.
Para ouvir: “Goblin”

13 – Beyoncé: “4″
Se é arriscado chamar o quarto álbum da cantora Beyoncé de o melhor trabalho da carreira dela, é correto dizer que existe em “4″ uma visível evolução artística. Extremamente comprometida com valores comerciais que vendem uma imagem, Beyoncé não se abate e busca sons diferentes, parcerias inusitadas, influências provocantes e nem sempre compreendidas pela massa – o que pode ter refletido na baixa venda do CD em comparação com os trabalhos anteriores.
Para ouvir: “Party”

12 – The Black Keys: “El Camino”

The Black Keys é uma das melhores bandas de rock dos Estados Unidos. Com o sétimo álbum de estúdio, o irreverente e “com pegada” do sulista, o ótimo “El Camino” traz influências que vão do The Clash ao clássico blues. É rock pra dançar.
Para ouvir: “Lonely Boy”


11 – Björk: “Biophilia”
Você parou para ouvir mesmo o novo trabalho da islandesa Björk? “Biophilia” é uma obra de arte completamente inserida no contexto de todos nós, que vivemos no mundo dos aplicativos, dos smartphones touchscreen, dos tablets e de um cotidiano cada vez mais tecnológico. A mediação do nosso dia a dia é digital. Por que não um CD feito só com aplicativos então? “Biophilia” é um projeto ambicioso, bem sucedido e que posiciona a artista no papel de vanguarda que ela exerce pelos últimos 15 anos.
Para ouvir: “Crystalline”


10 – Bon Iver: “Bon Iver”
A estreia da banda americana, Bon Iver, em 2007, trazia o líder Justin Venom essencialmente folk – com a “crueza” sonora e angústia necessárias. No CD de 2011, homônimo, a banda busca influências em outros campos – e em outras épocas, como a oitentista “Beth/Rest”. E é tudo bem-vindo, reafirma a razão de existência do Bon Iver e não entra em conflito com o trabalho de estreia. Até porque o que reina aqui é a voz de Venom, que você precisa ouvir, mesmo.
Para ouvir: “Beth/Rest”


9 – PJ Harvey: “Let England Shake”

O que impressiona nesse álbum da PJ Harvey é que, 20 anos depois do lançamento do CD de estreia, o “Dry”, a força das letras e do som continua o mesmo. Em “Let England Shake”, a cantora volta as atenções pro país de origem (a Inglaterra) e para a história dele, com instrumentos baladescos e um pouco de rebeldia na história de guerras e lágrimas do país dela.


8 – M83: “Hurry Up, We’re Dreaming.”

O “Hurry Up, We’re Dreaming.” não tem esse nome à toa. O projeto de Anthony Gonzalez é, antes de tudo, estético e visual – embora seja essencialmente auditivo. Escutar “HUWD” é uma viagem sensorial e imaginativa, com tons poéticos e sensíveis riffs de guitarra. Precisa dizer mais? Se você ainda não ouviu esse CD bem legal do M83, corre!
Para ouvir: “Midnight City”


7 – Jay-Z/Kanye West: “Watch The Throne”

Quando duas das maiores forças do hip hop se unem para fazer um CD, o resultado é fantástico. Em “Watch the Throne”, Jay-Z e Kanye West fazem um trabalho que não é inovador, mas é essencialmente de bom gosto, com melodias bem escolhidas e, ao mesmo tempo, leve. A capacidade da escolha correta dos melhores samples (Nina Simone em “New Day”, Otis Redding em “Otis”) e com participações que agregam à construção do álbum (Frank Ocean em “Made in America” em e Mr. Hudson em “Why I Love You”), me faz esperar ansiosamente por um “WTT 2″.


6 – James Blake: “James Blake”
James Blake é filho do mesmo cenário britânico que deu ao mundo o ótimo Massive Attack. E, como toda fruta não cai longe do pé, o talento de Blake é fazer o que esse cenário da música eletrônica “celestial” faz de melhor. No álbum de estreia, homônimo, Blake brinca habilidosamente com o dubstep, abusa da melancolia e faz faixas primorosas, como a versão dele para “Limit To Your Love”, da canadense Feist.


5 – Lykke Li: “Wounded Rhymes”
A sueca que tomou conta das discussões e dos corações indies, anos atrás, volta sem medo e com um álbum evoluído e mais ideológico. Com “Wounded Rhymes”, as melodias ousadas e a voz doce de Lykke Li conduzem uma viagem por discussões femininas, destemidas, repletas de tons psicodélicos. Nada mais natural, já que a juventude – como ela mesma canta em um dos melhores singles de 2011, “Youth Knows No Pain” – não sente dor.



4 – Lady GaGa: “Born This Way”
Denso, coerente e preocupado com questões sociais, “Born This Way” é o melhor trabalho da americana Lady GaGa. Ao buscar inspiração na discussão da liberdade por meio da música do final dos anos 80 e anos 90, o álbum (e a cantora) sofreu com as comparações com ícones da época. Longe de ter sido ofuscado pelas polêmicas que o envolveram, “Born This Way” é ambicioso ao tentar discutir, em 2011, problemas de sexualidade, aceitação e política através da música pop.
Para ouvir: “Hair”


3 – Fleet Foxes: “Helplessness Blues”

É difícil ouvir o segundo CD da banda americana de Seattle, “Fleet Foxes”, e não entender que é uma das coisas mais originais, com pegadas angelicais e, ao mesmo tempo, muito humanas do “Helplessness Blues”. Eu sou completamente apaixonado pelo uso dos instrumentos que fazem a música ter um ar “medieval” em pleno século 21.
Para ouvir: “Bedouin Dress”


2 – Adele: “21″
É o CD mais falado, mais vendido, mais baixado e com os singles mais bombeastes de 2011. Apesar de não trazer uma sonoridade inovadora ou complexa musicalmente, o “21″, segundo álbum da britânica Adele, é honesto ao extremo. Da pureza da voz da cantora, do baixíssimo uso de recursos digitais à humanidade e tristeza realista das letras, “21″ é um clássico pop.
Para ouvir: “He Won’t Go”


1 – Florence + The Machine: “Ceremonials”

É dela, Florence Welch, o melhor álbum de 2011. O que faz o segundo CD do Florence + The Machine, “Ceremonials”, um álbum que encabeça a lista é a capacidade dele de reunir , sozinho, as qualidades que aparecem em praticamente todo esse top 10. As letras densas, poéticas, misturadas com o uso de instrumentos não comuns na música pop atual com um som angelical de ar medieval e, ao mesmo tempo, cheio de vida e humano é que colocam a ruiva mais legal da música no topo dessa lista!


Muita gente ae eu não conheço... Mais... Adele em 2º. Boa posição... Beyoncé em 13°... Se fosse com I Am... teria que estar em 1º.

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